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A compilação de textos aqui presentes, realizada justamente no
ano do centenário da Semana de Arte Moderna e do
Bicentenário da Independência, provoca-nos a refletir sobre o
legado artístico-cultural brasileiro na contemporaneidade.
Revisita artistas que contemplam diferentes linguagens, mas
que, enquanto ponto em comum, questionam, provocam,
instigando-nos, como diz Vitor Ramil, a aprender a ver, em um
processo permanente de seleção e deglutição, assimilação e crítica.
A trilha pelo caminho das artes, sejam literárias, musicais,
visuais, cênicas, cinematográficas, proporciona novos olhares
sobre a vida, interseccionando local e global, para extrair uma
profunda percepção do mundo e do ser. Assim, os textos
selecionados para a presente publicação intencionam agir
como pequenas portas e janelas, pelas quais conseguimos ver
o mudo sob diferentes perspectivas de representação. São
textos modestos, de caráter introdutório, sempre breves e
destituídos da linguagem e do padrão acadêmico. Que eles
possam, de alguma forma, servir como o que Virginia Woolf
chama de iluminações, fósforos acesos na escuridão,
possibilitando a leitores, independentemente de sua
experiência cultural e de seus conhecimentos prévios, um
ponto de partida para suas incursões no território das artes. |
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