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A variação de /r/ em onset silábico no português falado em Feliz – RS

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Title: A variação de /r/ em onset silábico no português falado em Feliz – RS
Author: Boz, Eduarda Gabrielli Corrêa
Abstract: Este trabalho investiga a variação na produção de /r/ em palavras do português em contato com o Hunsrückisch, língua de imigração herdada dos imigrantes alemães provenientes da região de Hunsrück, no município de Feliz – RS, cidade colonizada por imigrantes alemães durante o século XIX. Para isso, serão analisadas a utilização de /r/ em posição medial (ferradura), ataque no início da palavra (rosas) e ataque no interior da palavra (genro). Este trabalho tem como embasamento teórico o estudo da língua em seu contexto social de (LABOV, 2008 [1972]) e estudos realizados por Monaretto (1992), que analisou os róticos produzidos no Sul do Brasil e os trabalhos de Schneider (2008), Steffen (2013), Fritsch e Pereira (2018), e Pronadov e Martins (2021), que analisaram a produção de /r/ do português em contato com Hunsrückisch e Comiotto e Margotti (2019), que utilizou o Atlas Linguístico Brasileiro na coleta de dados. Partimos das seguintes hipóteses, as variáveis sociais são mais importantes na aplicação do tepe; os homens tendem a usar com maior frequência o tepe; quanto maior o nível escolar, menor é o uso de r-fraco; informantes do grupo mais velho tendem a utilizar o r-fraco em contextos de r-forte com maior frequência; a posição de ataque, tanto no início da palavra quanto no meio da palavra, favorece a troca do r-forte para o r-fraco. A amostra é composta por 12 informantes do município de Feliz – RS, considerando as seguintes características: 2 gêneros, 3 níveis de escolaridade (ensino fundamental completo, ensino médio completo e ensino superior completo), 2 grupos etários (de 20 a 40 anos e de 41 a 61 anos). A análise dos dados foi realizada por meio de planilhas do Excel e os resultados revelam que na comunidade de Feliz há uma preferência pelo uso do tepe. Verificamos que os homens tendem a utilizar o tepe com maior frequência. Confirmou a hipótese de que à medida que o nível escolar aumenta, menor é a troca de r-forte para r-fraco. A análise das idades também apresentou resultados que confirmaram a hipótese de que o grupo de informantes mais velho tem preferência pelo uso de tepe.
URI: https://dspace.ifrs.edu.br/xmlui/handle/123456789/1068
Date: 2022


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