Orientações sobre a vivência de uma sequência didática híbrida de matemática

Abstract

Abordagens de ensino que possibilitem aos estudantes experiência de aprendizagem mais humanas com os conteúdos de matemática, partindo de processos de construção, experimentação e descobertas, que tenham foco a aprendizagem e o desenvolvimento da autonomia dos educandos, estão intimamente ligadas a tendências mais atuais de educação. Praticas pedagógicas inseridas em modelos híbridos com metodologias, ativas e investigativas estão relacionadas à promissoras mudanças em nosso sistema educacional. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo investigar as contribuições da utilização de modelos híbridos de ensino para a aprendizagem de função afim a partir de uma sequência didática realizada em uma turma de 1° ano do Ensino Médio de uma escola pública do litoral norte gaúcho. A investigação desenvolvida adotou uma perspectiva qualitativa com viés exploratório, do tipo grupo focal e se deu a partir da utilização de um conjunto de 3 atividades presencias e 3 atividades on-line do conteúdo de função afim, visando avaliar a postura dos estudantes e docente diante dessas práticas, bem como as possibilidades oferecidas pelos modelos híbrido e a aprendizagem de matemática atrelada a essa proposta. A coleta de dados desta pesquisa foi feita através a observação do grupo (a turma) durante a realização das atividades, juntamente com seus registros físicos e virtuais. As análises foram feitas a partir primeira atividade presencial, que consistiu em uma atividade investigativa a partir de cards de gráficos de funções, e a primeira atividade on-line, que continha um material de leitura sobre os conteúdos, e um questionário. Quanto aos resultados deste trabalho, foi constatado que o modelo híbrido proporcionou uma dinâmica diferente para dentro e fora da sala de aula, uma vez que os estudantes estavam ativos trabalhando em grupo, criando hipóteses, argumentando com seus colegas e formulando suas considerações, chegando em conclusões que os auxiliaram na compreensão dos conteúdos. Diante disso, pode-se considerar que a sala de aula girou em torno dos estudantes e a presença docente foi imprescindível nos momentos de orientação e monitoria. Ainda, o uso das tecnologias possibilitou a geração de dados personalizados dos estudantes e os mesmos mostraram-se participativos, demonstrando autonomia para ter controle e responsabilidades sobre sua aprendizagem.

Teaching approaches that enable students to have more human learning experiences with mathematics content, starting from processes of construction, experimentation, and discovery, focusing on learning and the development of students' autonomy, are closely tied to current educational trends. Pedagogical practices integrated into hybrid models with active and investigative methodologies are related to promising changes in our educational system. In this context, the aim of this study was to investigate the contributions of using hybrid teaching models for learning linear functions through a didactic sequence conducted in a 1st-year class of a public high school in the northern coast of Rio Grande do Sul, Brazil. The research adopted a qualitative exploratory approach, using focus group discussions, and was conducted through a set of 3 in-person and 3 online activities centered around linear functions. These activities were designed to assess the attitudes of both students and the teacher toward these practices, as well as the possibilities offered by hybrid models and the learning of mathematics associated with this approach. Data collection involved observing the group (the class) during the

activities, along with their physical and virtual records.The analyses were based on the first in- person activity, which consisted of an investigative task using function graph cards, and the

first online activity, which included reading materials on the content and a questionnaire. Regarding the results of this study, it was observed that the hybrid model introduced a different dynamic both inside and outside the classroom. Students were actively engaged in group work, formulating hypotheses, exchanging arguments with peers, and formulating their own insights. These processes led them to conclusions that aided their understanding of the content. Consequently, it can be said that the classroom revolved around the students, and the teacher's presence was essential for guidance and supervision.Furthermore, the use of technology allowed for the generation of personalized student data. Students demonstrated participation and autonomy in taking control and responsibility for their learning.