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A soja apresenta-se como principal commoditie agrícola de nosso país, sendo que esta cultura
demonstra grande importância tanto econômica como social, gerando renda com as altas
produtividades alcançadas. Os fatores como duração do fotoperíodo e quantidade de
precipitação de uma região podem interferir nos desempenhos produtivos finais, acarretando
em menores rendimentos. O Zoneamento Agrícola de Risco Climático é uma ferramenta de
dimensionamento do risco que proporciona uma melhor classificação quanto à região de cultivo
e quais cultivares poderão ser utilizados com menor risco de interpéries climáticas. A escolha
adequada do grupo de maturidade relativa (GMR) possibilita a adequação das cultivares
referente ao posicionamento geográfico, variando conforme o comprimento do dia e a latitude.
A época de cultivo deve ser levada em consideração, principalmente pelas variáveis
hidrológicas da região, também como as temperaturas médias. A densidade de semeadura pode
influenciar na capacidade de rendimento dos grãos, também como na alteração das
características morfológicas da planta, tais como capacidade de emissão de legumes e grãos,
além da competição intraespecífica. Visto isso, levando em consideração a ampla
recomendação de cultivares, torna-se necessário a classificação mais centrada para as
microregiões específicas de cultivo, com base nas características climáticas locais e com ênfase
na melhor produtividade para um local em específico, diferentemente do modelo baseado das
macroregiões agrícolas. O objetivo do trabalho foi avaliar o variabilidade produtiva da soja de
diferentes grupos de maturidade relativa semeada em diferentes épocas e densidades de
semeadura para a microrregião de Ibirubá – RS. O trabalho foi realizado na área do Instituto
Federal do Rio Grande do Sul - Campus Ibirubá, no ano agrícola de 2018/2019. Os tratamentos
consistiram de quatro cultivares de soja com distintos GMR, quatro densidades e três épocas de
semeadura. Foram avaliados componentes morfológicos como estatura de plantas, quantidade
de legumes e quantidade de grãos, também avaliou-se o peso de mil grãos e a produtividade em
kg/ha. Observou-se que a época de semeadura ocasionou diferenças de produtividade em
função da variabilidade do fotoperíodo e de maiores temperaturas registradas. Apesar de
cultivares de maior grupo de maturação permanecerem mais tempo a campo. A densidade de
semeadura apresentou pouca relevância para a alteração de produtividade, o que possibilita a
utilização de menores densidades com ênfase no custo-benefício da lavoura. A quantidade do
número de legumes e grãos apresentou diferentes valores frente às densidades e épocas de
cultivo, o mesmo ocorreu para a estatura de plantas, sendo a competição intraespecífica e as
condições climáticas, juntamente com a atuação do fotoperíodo os fatores de grande influência
nestes aspectos morfológicos. |
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