Internacionalização do suco de uva do Brasil: oportunidades e desafios do ingresso no mercado italiano

Abstract

A dinâmica do comércio internacional faz com que as empresas precisem mudar ou adaptar constantemente seu modo de fazer negócios, aderindo a novas práticas e planejamentos. Assim, a internacionalização emerge como uma resposta das organizações para que se adaptem às necessidades de um mercado integrado e competitivo, de concorrência mundial. A indústria vitivinícola nacional tem enfrentado intensos desafios em função da abertura de mercado. Dentre tantos, destacam-se a entrada da concorrência internacional, com introdução de vinhos importados, e as mudanças acentuadas na preferência dos consumidores. Diante do exposto, a questão norteadora para o desenvolvimento do presente estudo é: com o avanço e incentivo às exportações, quais as oportunidades para o produto suco de uva brasileiro no mercado internacional? Dessa forma, a fim de buscar responder ao problema da pesquisa, o estudo tem como objetivo identificar aspectos comerciais relacionados a diferentes mercados para a exportação do suco de uva brasileiro, com ênfase no mercado europeu italiano. O trabalho apresenta o contexto de importações norte americano, asiático e europeu, para efetiva comparação entre mercados em ascensão, analisando dados e estatísticas de crescimento para efetivação de novos acordos comerciais internacionais, ou seja, comparar os mercados estrangeiros mencionados para definir e classificar a potencialidade de investimento deles para o produto suco de uva. A pesquisa é de natureza qualitativa e de cunho exploratório e descritivo. Os achados da pesquisa apontam que o mercado de exportação brasileiro do suco de uva se encaixa em um cenário de crescimento, e, com isso, mostra-se capaz de desenvolver ainda mais sua participação no comércio internacional, principalmente o italiano, ainda que haja desafios a serem superados, tais como: modelo cultural e crenças a partir da produção da uva vitis labrusca; consumo de outros tipos de sucos de diferentes sabores; e, baixos investimentos do setor vitivinicultor brasileiro para internacionalizar-se e ingressar em novos mercados, tendo em vista a competitividade e concorrência.