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Desde 2020 o Brasil vem registrando aumento no consumo de vinhos, impulsionando o
surgimento de novas vinícolas em diversos estados brasileiros. Esse crescimento potencializou
a demanda por garrafas de vidro, principal embalagem do setor vitivinícola. Contudo, quando
se trata de reciclagem, esta embalagem está envolvida em poucas ações que estimulem sua
coleta, contribuindo para a sobrecarga dos aterros sanitários. Atualmente, apenas 25% do vidro
é reciclado no Brasil, sendo um dos contribuintes para tão baixo índice o valor irrisório pago
pela coleta do material. O vidro reciclado poderia compor 80% do material necessário para se
produzir uma nova garrafa, diminuindo consideravelmente a extração de materiais virgens. Este
trabalho propõe um modelo de negócio baseado na Economia Circular (EC) e Logística Reversa
(LR) de garrafas de vidro pós-consumo, sugerindo um destino mais nobre para este material.
As bases de dados utilizadas para construção da pesquisa foram Scopus, Web of Science e
Compendex Engineering Village devido a amplitude e relevância do conteúdo, além de
aumentar o rigor no processo de seleção. Também foi realizado a busca por patentes na base
Espacenet PT. Os dados se complementam com literatura cinzenta e entrevista com
profissionais das áreas envolvidas. Os resultados apontam carência de ações voltadas à EC do
vidro no Brasil, mas ao mesmo tempo indicam uma oportunidade para desenvolver um modelo
de negócio que fomente essa mudança. Sua implementação pode promover a sustentabilidade
no setor, reduzindo a sobrecarga dos aterros sanitários, a emissão de CO2, a extração de recursos
naturais e o gasto energético elevado na produção de novas garrafas. |
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