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O gerenciamento de resíduos é uma importante premissa para a sustentabilidade ambiental e social. A região do Vale do Caí destaca-se na produção de cerâmica vermelha e carvão vegetal, atividades das quais resultam sólidos que não atendem os parâmetros de consumo. Estima-se que 60% dos resíduos sólidos são oriundos da construção civil. Já na fabricação do carvão vegetal são gerados cerca de 30% de finos. Diversos estudos demonstraram que a inserção de finos cerâmicos em argamassa de revestimento é viável em razão de suas propriedades pozolânicas, no entanto, sua aplicabilidade em canteiros de obra esbarra no maior consumo de água, ativação álcali e temperatura controlada de cura, a fim de obter propriedades mecânicas similares ao cimento Portland. Assim, o objetivo desse estudo consistiu na avaliação da utilização de finos de carvão vegetal e de tijolos para produzir argamassa em temperatura ambiente de cura, visando a substituição parcial do cimento Portland por 25% de seis diferentes proporções de misturas de cerâmica vermelha e carvão vegetal, estas foram avaliadas quanto à resistência mecânica à compressão. Já, os finos de tijolo e carvão vegetal foram avaliados quanto a sua massa específica, potencial pozolânico e atividade pozolânica por meio de titulação de determinação de hidroxilas livres e óxido de cálcio. Os finos possuem menor massa específica que o cimento Portland, sendo que o carvão vegetal não desenvolveu resistência mecânica à compressão ao reagir com hidróxido de sódio, a determinação de hidroxilas e cálcio livre também demonstraram que o carvão vegetal não se comporta como um material pozolânico, evidenciando sua atuação como filler nas amostras. A formulação com 20% de finos de tijolo e 5% de carvão vegetal apresentaram resistência mecânica à compressão maiores que a argamassa sem adição de resíduos, aos 28 dias de idade, com índice de desempenho de 112,5%. |
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