A eja na perspectiva de professores em formação : uma experiência colaborativa

Abstract

Este artigo tem por objetivo problematizar o ensino de matemática no contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na perspectiva da formação inicial de professores. Foi desenvolvido na Atividade Pedagógica Não Presencial (APNP) Práticas Investigativas em Educação II, no qual desenvolvi o meu Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Campus Bento Gonçalves do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. O estudo ocorreu através de um projeto colaborativo, composto por 14 estudantes do Curso de Licenciatura em Matemática, os quais cursavam a APNP Estágio das Modalidades de Ensino. Também fizeram parte do grupo uma docente, uma pedagoga e uma técnica em assuntos educacionais, além de duas professoras da Rede Estadual do Ensino do Rio Grande do Sul. Inicialmente, o locus da pesquisa era uma escola de EJA da rede estadual de ensino, cujo atendimento ao público da modalidade se dá de modo virtual, a partir de um blog, posteriormente, foi ampliada a participação para outros sujeitos da EJA. O estudo, de caráter qualitativo, reuniu os interesses de pesquisa dos participantes, em torno da temática da EJA. Além de o estudo possibilitar aos licenciandos o conhecimento acerca da modalidade, tais como sua história, seus marcos legais e principais referenciais teóricos, na perspectiva freireana, o projeto oportunizou o exercício da pesquisa, através da organização e aplicação de dois questionários no Google forms, um para educandos e outro para educadores com envolvimento na EJA. As narrativas dos participantes da pesquisa foram analisadas na perspectiva das teorizações de Paulo Freire e seus comentadores. Os licenciandos em matemática organizaram propostas pedagógicas, com conteúdo de matemática, na perspectiva de contemplar seus estudos acerca da modalidade. Todas as produções foram organizadas em um site denominado MATHEJA, o qual será amplamente divulgado entre educandos e educandas dessa modalidade. A experiência colaborativa ajudou a desenvolver a autonomia, exercitar responsabilidade pelo trabalho do grupo, a busca pela superação dos limites pessoais e oportunizou a reeducação dos pesquisadores envolvidos no sentido de pensar em um trabalho construído pelo coletivo, no contexto da pandemia provocada pelo Coronavírus.