Psicodinâmica do trabalho: percepções de prazer e sofrimento no trabalho docente em uma instituição de ensino federal

Abstract

O presente artigo analisou as percepções de prazer e sofrimento no trabalho comuns aos/às docentes do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Adotou-se como método um estudo quantitativo e de pesquisa correlacional, por meio de levantamento Survey. Obtiveram-se 84 respostas de docentes dos campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre, Restinga, Viamão e Rolante. Além de questões demográficas, o instrumento de coleta utilizou a Escala de Indicadores

de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST) desenvolvida por Evaristo, Mota e Batista-dos- Santos (2020) para medição de prazer e sofrimento relacionados a diversos aspectos laborais. A

partir dos resultados da análise da escala, foi possível inferir que os fatores de prazer no trabalho obtiveram médias sensivelmente maiores do que as variáveis de sofrimento no trabalho. Dentre as variáveis de prazer no trabalho, sobressaíram-se o sentimento de orgulho pelo trabalho realizado e a percepção de assistência aos colegas, quando necessário. Dentre as variáveis de sofrimento, predominaram o sentimento de sobrecarga de trabalho, de esgotamento emocional e de stress. Cabe ressaltar que tais variáveis são apontadas em diversos estudos como preditoras de adoecimento e, portanto, são indicadores que devem ser melhor observados pela instituição, dado o risco sobre a saúde dos(as) docentes.

This article analyzed the perceptions of pleasure and suffering in work common to/teachers at the Federal Institute of Rio Grande do Sul. A quantitative and correlational research study was adopted as the method, through the Survey. Eighty-four responses were obtained from teachers of the campuses Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre, Restinga, Viamão, and Rolante. In addition to demographic issues, the collection instrument used the Pleasure and Suffering at Work Indicators Scale (EIPST) developed by Evaristo, Mota, and Batista-dos-Santos (2020) to measure pleasure and suffering related to various aspects of work. From the results of the scale analysis, it was possible to infer that the factors of pleasure at work averaged appreciably higher than the variables of suffering at work. Among the variables of pleasure at work, there was a feeling of pride for the work performed and the perception of assistance to colleagues when necessary. Among the variables of suffering, the feeling of work overload, emotional exhaustion, and stress predominated. It should be noted that such variables are pointed out in several studies as predictors of illness and, therefore, they are indicators that should be better observed by the institution, given the risk to the health of the (s) teachers.