Promovendo a inclusão no ensino de ciências em tempos pandêmicos (2020-2021): um olhar sobre os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Brasil

Abstract

O presente trabalho foi pensado a partir das reflexões da autora e suas vivências em uma sala de recursos, em uma instituição de ensino estadual de educação, onde realizou o ensino médio. A partir de sua própria experiência como monitora, ela amplia o seu olhar enquanto docente em formação para as práticas curriculares em diferentes ambientes e contextos educativos com estudantes com deficiência visual. A temática da inclusão de deficientes visuais foi selecionada para este trabalho também devido a relevância apresentada nas rodas de conversa promovidas em algumas disciplinas do IFRS - Campus Porto Alegre, mais especificamente nas disciplinas “ensino de ciências da natureza na diversidade” e “educação na diversidade”. A questão norteadora da pesquisa é: quais as alternativas apresentadas pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia para a inclusão no ensino de ciências de estudantes com deficiência visual em tempos pandêmicos? Para responder esta questão inicial foram analisados vídeos de eventos realizados em Institutos Federais, disponíveis na plataforma YouTube, além de dados coletados dentro do IFRS, acerca do número de estudantes com baixa visão, cegueira e visão monocular que frequentam este espaço educativo, através destes dados percebeu-se o aumento do número de pessoas com deficiência visual no IFRS de 2019 até o presente. Os dados foram analisados à luz do referencial teórico que embasa a pesquisa e seus principais conceitos a saber: integração X inclusão (Mantoan, 1997; Carvalho, 2004), cegueira e baixa visão (Conde, 2018) e métodos de ensino e educação inclusiva (Masini, 1993), o que é normalidade (Silva, 1987 e Castro, 2018). Um olhar de destaque foi ressaltado para as leis que tratam da inclusão na educação visando identificar seus cumprimentos de forma prática. Elas não são mais uma opção de escolha. São uma força de lei. Uma realidade que devemos aprender a trabalhar, aprender diariamente com nossos estudantes. Com este trabalho foi possível observar que estamos como instituição dando os primeiros passos num processo de inclusão. Há ainda um longo caminho a percorrer, estamos acolhendo mas ainda não conseguimos garantir de fato a permanência e o êxito dos estudantes com deficiência visual. Devemos buscar a melhoria contínua, buscando cada vez resultados mais eficientes e eficazes. Assim nossa missão originária de educação pública e de qualidade inclusiva se cumprirá de forma plena.

The present work was conceived from the reflections of the author and her experiences in a resource room, in a state educational institution, where she attended high school. From her own experience as a monitor, she broadens her perspective as a teacher in training to curricular practices in different environments and educational contexts with students with visual impairments. in the conversation circles promoted in some disciplines of the IFRS - POA, more specifically in the discipline Teaching of Natural Sciences in Diversity and Education and Diversity. The guiding question of the research is: What are the alternatives presented by the Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia for the inclusion of visually impaired students in science teaching in pandemic times? To answer this initial question, videos of events held at Institutos Federais, available on the YouTube platform, were analyzed, in addition to data collected within the IFRS, the number of students with low vision, blindness and monocular vision who attend this educational space. The data were analyzed in the light of the theoretical framework that supports the research and its main concepts, namely: integration X inclusion (Mantoan 1997 X Carvalho 2004), blindness and low vision (Conde 2018) and teaching methods and inclusive education (Masini 1993) , what is normality (Silva 1987 e Castro 2018) A prominent look was highlighted for the laws that deal with inclusion in education in order to identify its enforcement in a practical way. They are no longer an option to choose from. They are a force of law. A reality that we must learn to work with, learn daily with our students. With this work, it was possible to observe that we, as an institution, are taking the first steps in an inclusion process. There is still a long way to go, we are welcoming, but we still can't really guarantee permanence and success. We must seek continuous improvement, seeking ever more efficient and effective results. Thus, our original mission of public and quality education will be fully fulfilled.